Olá amigos. Poderia começar a crônica de hoje de diversas formas, mas escolho dizer que fazia muito tempo que eu não tinha um dia como o de hoje. Desencontros, choros, problemas, saudades. Tudo isso ocorreu hoje, mas eu tinha uma peça para fazer.
Eu era o anjo. Roupinha branca, engomadinho, cheguei até a ser chamado de “playboyzinho” na rua. Ainda bem que não ligo para o que os outros falam de mim. O evento de hoje foi para um público carente, onde poucos já haviam tido acesso ao teatro. Crianças especiais permeavam o teatro, deixando a visão ainda mais comovente. Mas me prendi em algumas crianças devido à acontecimentos.
A primeira delas, uma criança de colo. Foi selecionado entre várias crianças para ser o menino Jesus. E acho que não poderiam ter escolhido melhor. O menino, bem pequeno, tinha paralisia infantil. Sua sustentação no corpo era quase nula. Eu, como anjo, tinha que leva-lo até o palco e entrega-lo à Maria e José, já posicionados. Quando colocaram aquela criança no meu colo, um arrepio espalhou-se por todo o meu corpo. Não sei, algo nele era especial, era divinal. Ao ser colocado no meu colo, ele, que estava dormindo, acordou por alguns instantes, me olhou e voltou a dormir. Lágrimas passaram a rolar do meu rosto – assim como as que rolam agora, enquanto escrevo – e tive medo de acabar molhando ele. Me segurei, pois eu ainda tinha uma cena para fazer.
Entreguei-o à Maria e José, fui dispensado e, depois de tudo, houve uma recepção em outro ponto do local do evento. Minha mente estava naquela criança, dormindo tão confortavelmente, mal imagina ele o que é o mundo em que vivemos. Ao chegar no local da recepção, uma menina numa cadeira de rodas, provavelmente com algum tipo de desvio neurológico, começou a balançar seus bracinhos em minha direção e chamou “Anjo”. Eu desabei. Fui até ela, peguei-a no colo, dei um beijinho no seu rosto e ela falou: “Você sabe onde minha mãe está?”. Uma das responsáveis pelo trabalho veio ao meu ouvido e disse que a mãe dela havia morrido fazia já alguns meses. Eu, pego de surpresa por aquilo, apenas tive a possibilidade de repetir uma fala da peça “Ela está lá em cima, minha menina”. A criança me deu um abraço apertado e brincou comigo enquanto mais lágrimas caiam pelo canto de meu rosto.
Fui para minha casa com um estranho sorriso no rosto. Mais tarde, ela me ligou, também sorridente, e me fazendo ficar ainda melhor. Meus amigos, eu peço para vocês que pensem em cada uma das crianças que tem problemas. Se você pode ajudar, faça. Muita gente está esperando a sua ajuda. Ai em baixo deixo o contato de dois projetos sociais que visitei e que sei que são confiáveis. Se não pode doar dinheiro ou produtos, doe seu tempo, ficando alguns instantes com aquelas crianças tão carentes. Grande beijo e até a próxima.
Eu era o anjo. Roupinha branca, engomadinho, cheguei até a ser chamado de “playboyzinho” na rua. Ainda bem que não ligo para o que os outros falam de mim. O evento de hoje foi para um público carente, onde poucos já haviam tido acesso ao teatro. Crianças especiais permeavam o teatro, deixando a visão ainda mais comovente. Mas me prendi em algumas crianças devido à acontecimentos.
A primeira delas, uma criança de colo. Foi selecionado entre várias crianças para ser o menino Jesus. E acho que não poderiam ter escolhido melhor. O menino, bem pequeno, tinha paralisia infantil. Sua sustentação no corpo era quase nula. Eu, como anjo, tinha que leva-lo até o palco e entrega-lo à Maria e José, já posicionados. Quando colocaram aquela criança no meu colo, um arrepio espalhou-se por todo o meu corpo. Não sei, algo nele era especial, era divinal. Ao ser colocado no meu colo, ele, que estava dormindo, acordou por alguns instantes, me olhou e voltou a dormir. Lágrimas passaram a rolar do meu rosto – assim como as que rolam agora, enquanto escrevo – e tive medo de acabar molhando ele. Me segurei, pois eu ainda tinha uma cena para fazer.
Entreguei-o à Maria e José, fui dispensado e, depois de tudo, houve uma recepção em outro ponto do local do evento. Minha mente estava naquela criança, dormindo tão confortavelmente, mal imagina ele o que é o mundo em que vivemos. Ao chegar no local da recepção, uma menina numa cadeira de rodas, provavelmente com algum tipo de desvio neurológico, começou a balançar seus bracinhos em minha direção e chamou “Anjo”. Eu desabei. Fui até ela, peguei-a no colo, dei um beijinho no seu rosto e ela falou: “Você sabe onde minha mãe está?”. Uma das responsáveis pelo trabalho veio ao meu ouvido e disse que a mãe dela havia morrido fazia já alguns meses. Eu, pego de surpresa por aquilo, apenas tive a possibilidade de repetir uma fala da peça “Ela está lá em cima, minha menina”. A criança me deu um abraço apertado e brincou comigo enquanto mais lágrimas caiam pelo canto de meu rosto.
Fui para minha casa com um estranho sorriso no rosto. Mais tarde, ela me ligou, também sorridente, e me fazendo ficar ainda melhor. Meus amigos, eu peço para vocês que pensem em cada uma das crianças que tem problemas. Se você pode ajudar, faça. Muita gente está esperando a sua ajuda. Ai em baixo deixo o contato de dois projetos sociais que visitei e que sei que são confiáveis. Se não pode doar dinheiro ou produtos, doe seu tempo, ficando alguns instantes com aquelas crianças tão carentes. Grande beijo e até a próxima.
ONG Saúde Criança Reconstruir - http://www.castelobranco.br/site/index.php/programa-saude-crianca-reconstruir.html
Programa Social da Clínica Escola Castelo Branco - http://www.castelobranco.br/site/index.php/programas-sociais/programa-social-da-clinica-escola.html
Duentes somos nós, que nos abatemos com qualquer dificuldade sem olhar pro lado. Que reclamamos do que não temos sem olhar o que temos. Dentes são os que pedem a Deus sem nunca agradecer e só se lembram dele quando a casa cai, ou é roubado. Especial é quem luta pela propria vida e sorri quando tem motivos concretos para chorar.
ResponderExcluirParabéns Jhonatan.
É, ME SEGUREI PARA NÃO CHORAR NA PEÇA, E CHOREI AGORA...
ResponderExcluirLENDO O QUE VOCÊ ESCREVEU, LEMBREI DA MENINA, DO QUAL TIREI O TERNO QUE ESTAVA ME ESQUENTANDO E DEI PARA ESQUENTAR ELA. AJUDEI A MÃE DELA A COLOCAR O TERNO, LOGO DEPOIS ELA ME DEU UM ABRAÇO TÃO APERTADO, NOSSA, QUASE DESABEI NO CHORO, E ME DEU UM SORRISO LINDO, DE ORELHA A ORELHA ,FIQUEI TODA BOBA.
ESSE FOI O MEU PRESENTE, QUE NÃO PODERIA TER SIDO MELHOR.
REALMENTE ONTEM FOI UM DIA ESPECIAL PARA MIM, A SALA DO TEATRO ESTAVA FLORIDA, VOCÊ FOI O ANJO DA PEÇA, QUE ESTAVA CERCADO DE VÁRIOS ANJOS QUE ESTAVAM TE ASSISTINDO.
PARABÉNS PELA PEÇA, FOI LINDA E PERFEITA!!!
PARABÉNS POR AJUDAR AS PESSOAS E AS NOSSAS CRIANÇAS!!!
BJS
e a gente ainda reclama da vida, essas crianças que nem chegaram ao mundo direito tem muitos motivos a mais que a gente para reclamar e simplesmente não o fazem
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