terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Às beiras da contradição



O ser humano é a principal peça de contradição na terra. Presença de um ser humano em um lugar qualquer é certeza de dúvidas, problemas e comentários duplicados. Não que seja uma intenção ou uma necessidade, mas é algo comum. Para exemplificar isso, usarei um tema que vem sendo abordado constantemente na TV.

No dia 10 de dezembro, um estrondo foi ouvido por moradores da Rua dos Inválidos, Centro Histórico do Rio de Janeiro. A Defesa Civil foi chamada e constatou irregularidades no solo. Todos os moradores foram retirados para lugares seguros. O prédio ficou interditado durante dias. Neste período, a Prefeitura do Rio de Janeiro custeou a estadia de parte dos moradores – aqueles que não tinham casas de parentes para se hospedar – no Arcos Rio Palace Hotel, na Av. Mém de Sá.

Nesse período (do dia 10 até o dia 22 de Dezembro), o centro do Rio foi invadido por manifestações constantes dos moradores “revoltados” que queriam voltar para casa. O prédio foi liberado pela Defesa Civil no último dia 22 e, ao saberem da liberação, os moradores foram à Associação dos Moradores e Amigos do Centro (AMAC), que pediu à Justiça a re-interdição do prédio, pedido este concedido no dia 23 de Dezembro.

Pergunta-se: qual era a necessidade de manifestações e tudo mais para, quando a situação está parcialmente resolvida, resolverem não voltar mais? Pois é, amigo: eles simplesmente bateram o pé e não voltaram. O mais revoltante (para mim) foi ligar a televisão no telejornal vespertino da Rede Globo e ver um monte de gente sentada no hall do hotel, com cara de vítima, reclamando que “ninguém toma uma providência”. Amigos, tenho acompanhado pela mídia o trabalho que vem sendo executado na obra e a única coisa que não pode ser dita é que nada está sendo feito.Verificações de solo à cada 40 minutos, ausculta computadorizada das paredes 24 horas ao dia para verificar possíveis rupturas. Mais de 30 agentes da Defesa Civil envolvidos, e os moradores dizem que nada foi feito?
Bom, o prédio continua interditado, a mídia continua dando corda para os moradores falarem asneiras na televisão e eu, caro amigo, sigo revoltado com a contradição humana. Ou será que não? Bom, não sei. O que você acha disso tudo? Espero seu comentário. Grande abraço e até amanha.














segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

"Posso ajudar com seu carro, senhor?"


Olá amigos. Primeiramente peço desculpas pelos últimos dois dias sem crônicas, mas meus motivos foram de real força maior. Espero que não tenham ficado chateados comigo, mas agora buscarei não mais me atrasar com vocês. Bom, hoje falarei com você de algo que ocorreu comigo ontem.

Estive com um amigo no shopping, demos um passeio e, posteriormente, resolvemos visitar uma amiga nossa que chegou de viagem há pouco. Ela está hospedada num grande hotel do bairro de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. Meu amigo, dirigindo, falava pelos cotovelos e eu, miraculosamente, quieto. Ao chegarmos, encontramos um manobrista muito gente fina que recebeu o carro do meu amigo e foi estaciona-lo, informando que iria ao apartamento de nossa amiga entregar a chave.

Pois é, amigos: serviço de vallet é uma mão na roda. Pelo menos quando funciona bem costuma ser. Passaram-se 30 minutos e nada do manobrista aparecer.. Uma hora e começamos a nos preocupar. Após duas horas de espera, descemos para falar com o gerente do hotel e vimos, em frente ao edifício, o carro do meu amigo parado, com todos os vidros levantados. Corremos até o carro e com o que nos deparamos? o manobrista, sentado ao volante, com seu bonezinho para trás e o som ligado. O pior não foi isso, mas sim a fumaça de cigarrinho do capeta que saiu ali de dentro. Fiquei doidão só com o escape.

Não sabíamos o que fazer... Estávamos numa saia justa. Resolvemos, então, ligar para a policia. Em pouco mais de 5 minutos encostou uma viatura. E para nossa surpresa o que houve? Os policiais cumprimentaram calorosamente o manobrista-maconheiro. Pois é, amigos, eles já o conheciam.

A saia-justa tornou-se desconforto. Pegamos o carro e descemos para a Zona Oeste. Na Avenida Brasil, somos parados numa blitz. Adivinha por que ficamos quase uma hora detidos naquela blitz? Por causa do cheiro da fumaça do cigarrinho do capeta do manobrista-maconheiro. Ai você me diz: é justo pagar pelo erro dos outros?

Sinceramente, naquelas alturas eu só queria chegar em casa livre de algo ruim. A minha sorte foi que, na troca de turno, um amigo meu que é policial assumiu o comando da blitz. De imediato me liberou, sabendo que não passava de um mal entendido.
Então, amigos, deixo aqui o aviso: cuidado com o manobrista. Ele pode resolver usar drogas dentro do seu carro, ouvindo o jogo do Flamengo e brincando de motorista. Aprendi a lição: nunca confie em ninguém que use um boné parecido com o do Zacarias. Grande abraço, companheiros e até a próxima postagem.




domingo, 27 de dezembro de 2009

Desculpem novamente

Sem vontade de escrever hoje. Voltei de viagem e tô exausto demais para raciocinar no que escrever. Peço desculpas pela ausência de ontem e por não postar hoje, mas amanhã voltarei. E obrigado pela audiência: em 15 dias já tenho mais de 1.000 visitas. Obrigado gente. Deixo você com mais um poema de minha autoria.

"Talvez um dia seu olhar ao cruzar o meu
Seja capaz de ver além do mero amigo
Verá aquele que deseja ser seu
Que deseja estar sempre contigo.

Quem sabe um dia poderei ter teu beijo
E senti-lo durante momentos inesqueciveis
Tudo isso baseado em ensejos
Completamente compreensíveis.

Não serei capaz de desistir de você
Mas dar-te-ei a chance de escolher
Poderás estar com aquele que desejas ter
Ou talvez comigo que te quero além de meu poder...

Dado a fúria que os sentimentos alcançam
Tenho receio de comentar meus devaneios
Não tenho medo de querer seus anseios
Mas sim de não mais ter os sorrisos que me acalantam"

(Cruzando Olhares - Jhonatan Romão)


Peço novamente desculpas e, até a próxima.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

"Segue reto e vira à direita!!!"

Olá meus amigos. Dia de natal, felicidade nos corações, muitos presentes. Isso é bom, não é? Mas eu – olha que legal – estou aqui para escrever mais uma de minhas crônicas.

É incrível como temos coisas idiotas em nossas vidas, vocês não acham? Eu não estou falando de pessoas, estou falando de situações e atitudes que temos constantemente. Ultimamente tenho observado bastante a conduta das pessoas que me envolvem em função de um trabalho que estou desenvolvendo, e fiquei abismado com a quantidade de coisas que vi.

Você já foi acordado no meio da noite por um telefonema e, ao atender, tem o seguinte diálogo:

- Alô
- Alô, quem fala?
- É Fulano de Tal. Você estava dormindo?
- Não, não... Eu tava lendo um livro!

Se você disse que sim, você faz parte de 7 em cada 10 pessoas que moram no Brasil. Porém, pergunto, por que mentimos que não estávamos dormindo? Por que o seu amigo não pode saber que você dorme? Você acha o que? Que ele vai invadir sua casa e trocar as gavetas de lugar? Vai abrir um dia a gaveta de meias e, ahhhhhh, que medo: cuecas.

Mais uma: alguém já te parou na rua pedindo uma informação? Provavelmente já. Só que, muitas vezes, você nem mesmo imagina aonde fica aquele lugar. O que você faz? Se você disse que fala que não sabe, você é uma minoria. Geralmente, o diálogo é o seguinte:

- Com licença, senhor. O senhor sabe me informar onde fica o Banco X?
- Ahh... O Banco X? Ahhh... Ehhh... Segue em frente aqui, vira a segunda à direita e vai direto. Você vai ver ele logo de frente.
- Ahh, ta. Obrigado.

A pessoa sai alegre e saltitante, contente por uma alma caridosa tê-la ajudado. Quando chega no final da segunda à direita ela se desespera, pois vê que está perdida. Ai ela pensa “por que aquele desgraçado escroto não me deu a informação certa?”. Por que ele é um ser humano. É cientificamente comprovado que o ser humano não gosta de se sentir inferiorizado, ou seja, ignorante. Então, amigo, cuidado com a próxima informação que você tomar.


Ah, estou perto de chegar aos 1.000 acessos ao blog. Agradeço à vocês, mas ainda peço seu comentário. É aqui embaixo, do lado direito do monitor. Se quiser confirmar, pede informação para mais alguém. Grande abraço amigos. Até a próxima.




quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

O que comemorar na noite de natal?




Noite de natal. Enquanto alguns estão comemorando, completamente alegres, contando as horas para trocarem seus presentes, fazerem seus “amigos secretos”, eu estou aqui, escrevendo minha crônica do dia. Por que? Para mim hoje o único motivo de comemoração é o nascimento do Cristo.

Sei que receberei presente, mas por que eu me alegraria com isso? Provavelmente você não está entendendo nada. Pois então explicarei.

Hoje à tarde precisei ir ao centro de Bangu, Zona Oeste do Rio, para comprar produtos para a ceia de natal. Ao passar no centro comercial do bairro, vi vários moradores de rua deitados ao relento, sem cobertas, sem comida. Aquilo partiu em vários pedaços o meu coração. Mais à frente, várias crianças vendiam balas no sinal e saíram correndo quando um homem vestido de Papai Noel chegou com alguns brinquedinhos de R$ 1,99.

A partir desse momento, uma retrospectiva de tudo o que eu vi este ano passou diante de meus olhos. Parei para pensar: quantas mães não terão seus filhos ao seu lado neste natal? Quantos pais chorarão a morte de seus filhos? Quantas crianças não terão, pelo menos, um presente, por menor que seja, em suas mãos? Quantos seres humanos não poderão olhar para o lado e falar: obrigado mamãe e papai por vocês existirem?

Por causa disso, vejo que não tenho que comemorar, pedir presentes, imaginar o que vou ganhar. Devo sim agradecer ao meu bom e amado Deus por ter me dado uma mãe maravilhosa, uma avó mais que perfeita, irmãos que estão sempre comigo, amigos que estão sempre ao meu lado, uma namorada que me ama e pessoas com quem eu posso contar todos os dias. Agradecer por cada momento que passei, pela casa que tenho e pelo conforto do qual posso desfrutar. Agradecer por hoje ser um homem formado, finalmente desfrutando de felicidade, ou momentos dela.

Então deixo à vocês sim a mensagem de um feliz natal, ou melhor, feliz nascimento de Jesus, pois devemos à ele e ao nosso Pai tudo o que temos e o que somos. Peço também que hoje, na oração pré-ceia, você possa lembrar dessas pessoas tão infortunadas e, pelo menos, inclui-las em sua oração. Que a paz celestial esteja com vocês. Paz e luz.






quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

A única heroina: Minha mãe !

Foto tirada no ano de 1996

Durante anos de vida raciocinei sobre o que ser. Quando disse para pessoas próximas que meu sonho é me tornar artista ouvi apenas risadas. Exceto de uma pessoa: minha mãe.

Tudo bem, amigo leitor. Você achará tendencioso eu escrever de minha mãe nesta postagem, mas é porque simplesmente eu não seria nada se não fosse ela. É ela quem confia nos meus passos, ouve minhas lamúrias, sustenta meus sonhos. Sem a minha mãe eu nada sou.

Como todo filho cometo erros. Mas ela é a única capaz de me perdoar. Até mesmo quando eu estou estressado e, erradamente, desconto nela. Depois, quando me acalmo, lembro de cada uma das coisas que ela já fez para me fazer um homem integro, e a única coisa que posso fazer é pedir desculpas.

Foi ela quem me ensinou à ser um homem de verdade, responsável, sério. Ela que me dá forças para que eu siga meus caminhos e tome minhas decisões. É ela que me deixa ir até aonde as coisas ocorrem e somente quando eu peço exprime suas opiniões. É ela que me cria, me guarda, me governa depois de Deus.

Sei que um dia não terei mais minha mãe ao meu lado, e é por isso que desejo aproveitar cada momento do lado dela. Ao ver o sofrimento dela com suas doenças meu coração dói e eu sei que, no fundo, tudo aquilo também é um pouco culpa minha. Ela, desejosa de dar o melhor para mim e para meus irmãos, trabalhava em condições sub-humanas para suprir as nossas necessidades.

Se tenho medo de perde-la? Não, não tenho. Só peço todos os dias em minhas orações que Deus não tenha pressa em leva-la para perto dele. Pode parecer egoísmo, mas não quero perder minha mãe. Desejo que ela viva mais e além, assim como a minha avó, e que, daqui à algum tempo, eu possa dar o conforto e a tranqüilidade que elas merecem com o suor do meu trabalho. Que eu posso, pelo menos, pagar o investimento que ela fez em mim. Sei que não conseguirei devolver nem um terço de tudo o que ela gastou por mim, mas minha mãe merece um descanso.

Você que tem sua mãe ao seu lado, acredite: ela está sempre junto de você. Até mesmo quando você acha que está sozinho no mundo, ela está do seu lado, te sustentando, te dando condições de seguir em frente. É a minha mãe que para me fazer feliz virou menina, sentou no chão e brincou de carrinho comigo. Ela que eu vejo ajoelhada, orando e agradecendo pelos seus filhos e sempre pedindo proteção para nós e nunca exclusivamente para ela. Pois é, amigo: para mim, eu tenho a melhor mãe do mundo, o melhor presente que eu ganhei na vida! Um beijo para todos vocês – e suas mães – e até a próxima.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

"Sua ligação é muito importante para nós..."

Hoje o dia foi, entre aspas (muitas), agradável. Acordei (oh, ninguem percebeu isso), sai para trabalhar, voltei para casa, dormi, fui para o ensaio de teatro. Até que chegou a parte ruim do dia. Tive o desprazer de ter que ligar para a central de atendimento ao cliente da minha TV a cabo.

Caros amigos, todos nós sabemos que existem coisas infernais na vida. Eu acho que quando foram criar as coisas que nos atrapalharam acabaram, acidentalmente, criando o call center. Mais precisamente, o atendente de call center. Você já ouviu o ser chato do outro lado da linha falando “por favor, não desligue... sua ligação é muito importante para nós”. Nossa, que raiva que isso me dá.

Acabei ligando para a central da minha operadora de TV a cabo. Uma maquina me atendeu após 3 toques – o que ela tava fazendo para não atender no primeiro? – e começou com o papinho pré-gravado:

- Olá. Seja bem vindo à central de atendimento ao cliente TAL. Diga de maneira pausada o serviço que deseja utilizar.

Pois é, você tem que FALAR o que quer fazer. Não é óbvio? Falar com alguém. O problema maior é que existe uma sequencia de erros quase que obrigatória nos sistemas de atendimento automático, que é mais ou menos assim:

CAC - Olá. Seja bem vindo à central de atendimento ao cliente TAL. Diga de maneira pausada o serviço que deseja utilizar.
CLIENTE – Falar com um de seus atendentes.
CAC – Senhor, por favor, repita pausadamente o serviço que deseja utilizar.
CLIENTE (ficando chateado) - Falar com um de seus atendentes.
CAC – O senhor disse: TIRADENTES.

À essa altura o cliente já está no meio de um infarte. Quando finalmente consegue convencer a maquina de que quer falar com um atendente, ele vira uma bola de tênis, sendo jogado de um lado para outro.

CAC (Setor 1) – Senhor, no que posso ser útil?
CLIENTE – Gostaria de pedir o cancelamento da minha TV por assinatura.
CAC (Setor 1) – Irei transferi-lo para o setor de cancelamento. Por favor, não desligue. Sua ligação é muito importante para nós.
(2 minutos de espera)
CAC (Setor 2) – Boa noite senhor.
CLIENTE – Boa noite. Gostaria de pedir o cancelamento da minha TV por assinatura.
CAC (Setor 2) – Senhor, vou transferi-lo para o setor de cobrança para verificar se existem parcelas em atraso. Por favor, não desligue. Sua ligação é muito importante para nós.

O cliente fica, em média, 30 minutos numa ligação. Nesta masturbação de ser lançado de um lado para o outro ele acaba, no final das contas, voltando para o setor 1, onde pedem 10 milhões de informações e não cancelam a linha, só dão um protocolo de atendimento.



Bom amigos, não se vocês também, mas eu tenho trauma de call center. Acho que se eu tivesse como conhecer o inventor, eu o mataria pessoalmente. Aos que nunca conversaram com um atendente de call center, acreditem, é desesperador. Boa sorte para o próximo que atender. E, por favor, não esqueça de comentar. “Seu comentário é muito importante para nós”. Até logo.



segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

E seja louvado o idiota que me plagiou...


Meus queridos e minhas queridas. Estou eu aqui, mais uma vez, para escrever para vocês. Eu estava meio que sem tema, mas uma recordação permeou todo o meu dia: plágio.

Você pergunta: por que isso permeou seu dia? Simplesmente porque plagiaram meu texto. Se vocês perceberem no recanto das letras e aqui no blog, meus textos são protegidos por licenças “Creative Commons”, que permite reprodução dos meus textos mediante apresentação dos créditos devidos. Pois bem. Chegou-me um Filho da P..., entrou no meu blog e copiou meu texto. Até então, tudo bem. Só que tudo deu errado para ele.

Primeiramente, o idiota não me deu os créditos necessários pela crônica – trata-se da crônica “A ex e aqueles 15 anos” – e usou-a como de autoria própria. Ocasião? Apresentação de pesquisa sobre a relação interpessoal entre adolescentes. Começou a apresentação todo bobo e eu, inocente, chegava no auditório daquele colégio, pois após aquele rapaz iria palestrar sobre a influência da Dança de Salão na vida social do jovem.

Quando ele iniciou a leitura da minha crônica, subiu um ódio dentro de mim que tive vontade de socar a cabeça dele até tirar de cima do pescoço. Porém mamãe fez de mim um rapaz civilizado: aquietei-me, fui até o coordenador do curso e mostrei meu livro de registros intelectuais (tenho abertura de firma e quase todos os meus textos já são registrados em cartório). O coordenador esperou ele terminar a defesa da pesquisa, subiu ao palco e declarou ao microfone:

- Declaro que o senhor ------------------- terá a sua nota equiparada à zero em função de falsidade ideológica literária. Gostaria de chamar ao palco o verdadeiro autor da crônica “A ex e aqueles 15 anos”, senhor Jhonatan Romão.

Não preciso dizer que me inflei todo. Todos da platéia me aplaudindo. Todos os alunos receberam cópia da crônica, alguns até pediram que eu autografasse – foram exatamente 5, alunos do curso de letras da Universidade anexa. O garoto? Bom, saiu chorando. Eu? 15 minutos de fama e muita divulgação para o meu trabalho. O colégio? Não sei, mas a Universidade me chamou para uma palestra, agora sobre capacidade literária. Espero fazer sucesso de novo. Grande abraço, amigos.


domingo, 20 de dezembro de 2009

Banalização da mulher... Infelizmente !



Pois é, amigos. Todos os dias vejo mais coisas sendo banalizadas e vejo que não tenho nada à fazer. O mundo anda mudado e o que eu nunca pensaria que fosse ser banalizado, hoje está chegando ao nível do vulgar: a mulher.


Peço que não me interpretem mal, mas as mulheres de hoje desaprenderam a se valorizar. Exemplo clássico disso é ligar a televisão em horário nobre e ser obrigado a ver um programa de funk onde só mostram o corpo das mulheres – não que não sejam bonitos – e acabam vulgarizando as mesmas. E o pior é que elas são as mesmas moças que vão em um outro programa com quadro entitulado“vai dar namoro” com a finalidade de encontrar um namorado. A desculpa? Não existem homens sérios, que queiram um namoro sério. Caros amigos, admira-me demais a mulher, tão onipotente, achar que dançando “patricinha mentirosa que gosta de esfrega-esfrega” e “eu vou ficar, eu vou trair, quem ama muito tempo não pode se divertir” algum homem vai olha pra ela “jogando o burro pro alto” e falar “cara, essa é a menina que eu vou namorar sério”.

Vi ainda a pouco uma vídeo-reportagem de um caso ocorrido em Vitôria. Um MC convida uma menina para subir ao palco. Oferece à ela R$ 600 para que ela tire a sua roupa e dance no palco para mais de 700 pessoas presentes. Ela, de bom grado, o fez. Entendam, não estou dizendo que todas as meninas o fazem. Existem sim muitas meninas de boa família indo à bailes funk com o intuito de se divertir. Mas se existe isso num baile funk, imagine o que mais não pode acontecer?


Não nego, existem sim músicas extremamente legais de funk que valem a pena serem ouvidas. Mas são exatamente essas que não tocam nos bailes. Incrível não é? Ainda a pouco, via messenger, um amigo questionou-me se a minha namorada dança funk. Eu respondo para todos: dança por obrigação. Não gosta de funk, mas trabalha dançando e tem que dançar o que tocar no evento, não podendo escolher ritmos. Segundo ela, se ela pudesse escolher, seria dança de salão.

É aquela velha história, companheiros de jornada: “Cada cabeça, uma sentença”. Que as meninas do “burro pro alto” possam encontrar alguém que não as veja como um mero pedaço de carne e que as mulheres desse nosso Brasil voltem a se valorizar de verdade. Um grande beijo e até a próxima.



sábado, 19 de dezembro de 2009

As coisas mudam!



Sábado. Estou eu na porta de minha casa, passeando com minha cadela. Entre diversas coisas que ocorriam na rua, cinco crianças brincavam de dominó no chão da calçada. O jogo termina e eles ficam ali mesmo, conversando. E olha que incrível: crianças sempre conversam sobre coisas tão fúteis – alguns adultos também – e se divertem tanto com isso.

Estes falavam sobre futebol e acabaram partindo para os animais. O mais encapetado disse que o seu cachorrinho era incrível, que rolava no chão, dava a patinha e ainda defecava no mesmo lugar sempre. Os outros ficaram estupefatos com aquela revelação. O segundo, querendo se sobrepor – é sempre assim, até quando viramos adultos – disse que o seu cachorro ainda era mais inteligente: arrumava a sua própria cama para dormir. Aquela altura, até eu já me aproximava do grupo para ouvir melhor a chuva de asneiras que ainda estava por vir.

Uma terceira criança – o que parecia ser mais quieto do grupo – se manifestou: “meu cachorro é foda!” (acredite, ele usou este termo) “ele come a minha cachorra sem montar nela!”. Depois dessa, devo confessar, soltei um riso estridente que todos que estavam em volta me olharam. Eu, envergonhado, disfarcei. Eles continuavam com os comentários. O quarto falou que seu cachorrinho sabe cantar e limpar a casa. Até eu fiquei curioso.

- Meu filho, como o seu cachorro limpa a casa?
- É simples, tio. Ele deita no chão e vai se arrastando pela casa toda. Fica tudo limpinho.

Depois disso comecei um açoite mental pela minha pergunta idiota e pela resposta mais idiota ainda. O quinto se levantou. Eu já estava com medo do que eu iria ouvir. Ele disse: “Meu cachorro é tão sinistro que ele faz tudo que o cachorro de vocês fazem e ainda come todos eles”. Eu, mais uma vez me meti:

- Como assim, filho?
- É, tio. Os cachorros deles são tudo bonitão mas são tudo viadinho. Meu vira-lata come eles tudo.

Resolvi entrar em casa. Não imaginava o que mais sairia daquelas bocas que pareciam tão inocentes. Agora, o que eu posso esperar num mundo de cachorros homossexuais, vira-lata pegador e criança boca suja? Pois é, caro leitor: os tempos mudam. Cuidado com seu filho ou a criança com a qual convives, ela pode te levar para um mal caminho. Até a próxima.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Desculpem, mas estou sem condições...

Caros amigos




Peço desculpas, mas hoje não tenho condições de escrever devido à algumas coisas que ocorreram nas últimas horas. Sendo assim, deixo com vocês um poema meu chamado "Conversando com a Lua".

Oh, lua bela e soberana
Que paira sobre mim a cada instante
Como paira uma louverana
Como sempre, obstante.

Que em face da tua beleza plena
Meu olhar se deturpa
E faz minha tenra alegria terrena
Aos poucos transformar-se em culpa.

Observo-te, oh lua,
Com total e sincera vontade
Por demonstrares de maneira só tua
A sua breve e leve idade.

Quando rimo dentro de um verso
Venho observar-te, apressado,
Enquanto com volúpia, teso,
Tento movimentar-me, totalmente tolhido.

Mas de nada adianta, dado que não podes vir
Não podes sentir meu beijo, meu carinho...
Já que nada fazer para fazer-te aderir,
Nada me resta senão seguir meu caminho.


Amanhã voltarei com uma nova crônica. Beijos para todos e até.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Doente não... Especial !!!




Olá amigos. Poderia começar a crônica de hoje de diversas formas, mas escolho dizer que fazia muito tempo que eu não tinha um dia como o de hoje. Desencontros, choros, problemas, saudades. Tudo isso ocorreu hoje, mas eu tinha uma peça para fazer.

Eu era o anjo. Roupinha branca, engomadinho, cheguei até a ser chamado de “playboyzinho” na rua. Ainda bem que não ligo para o que os outros falam de mim. O evento de hoje foi para um público carente, onde poucos já haviam tido acesso ao teatro. Crianças especiais permeavam o teatro, deixando a visão ainda mais comovente. Mas me prendi em algumas crianças devido à acontecimentos.

A primeira delas, uma criança de colo. Foi selecionado entre várias crianças para ser o menino Jesus. E acho que não poderiam ter escolhido melhor. O menino, bem pequeno, tinha paralisia infantil. Sua sustentação no corpo era quase nula. Eu, como anjo, tinha que leva-lo até o palco e entrega-lo à Maria e José, já posicionados. Quando colocaram aquela criança no meu colo, um arrepio espalhou-se por todo o meu corpo. Não sei, algo nele era especial, era divinal. Ao ser colocado no meu colo, ele, que estava dormindo, acordou por alguns instantes, me olhou e voltou a dormir. Lágrimas passaram a rolar do meu rosto – assim como as que rolam agora, enquanto escrevo – e tive medo de acabar molhando ele. Me segurei, pois eu ainda tinha uma cena para fazer.

Entreguei-o à Maria e José, fui dispensado e, depois de tudo, houve uma recepção em outro ponto do local do evento. Minha mente estava naquela criança, dormindo tão confortavelmente, mal imagina ele o que é o mundo em que vivemos. Ao chegar no local da recepção, uma menina numa cadeira de rodas, provavelmente com algum tipo de desvio neurológico, começou a balançar seus bracinhos em minha direção e chamou “Anjo”. Eu desabei. Fui até ela, peguei-a no colo, dei um beijinho no seu rosto e ela falou: “Você sabe onde minha mãe está?”. Uma das responsáveis pelo trabalho veio ao meu ouvido e disse que a mãe dela havia morrido fazia já alguns meses. Eu, pego de surpresa por aquilo, apenas tive a possibilidade de repetir uma fala da peça “Ela está lá em cima, minha menina”. A criança me deu um abraço apertado e brincou comigo enquanto mais lágrimas caiam pelo canto de meu rosto.

Fui para minha casa com um estranho sorriso no rosto. Mais tarde, ela me ligou, também sorridente, e me fazendo ficar ainda melhor. Meus amigos, eu peço para vocês que pensem em cada uma das crianças que tem problemas. Se você pode ajudar, faça. Muita gente está esperando a sua ajuda. Ai em baixo deixo o contato de dois projetos sociais que visitei e que sei que são confiáveis. Se não pode doar dinheiro ou produtos, doe seu tempo, ficando alguns instantes com aquelas crianças tão carentes. Grande beijo e até a próxima.


quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

"De qualquer jeito o seu sorriso vai ser meu raio de sol..."


Caros amigos de blog. Antes de mais nada, devo agradecer à todos vocês que vem acompanhando minha humildes crônicas diariamente. Cada visita, cada comentário, tem grande valor para mim. Hoje meu dia foi bastante conturbado, mas nada me faz desviar do que eu quero escrever.

Você que está lendo agora, me responda: existe algo mais belo e sublime do que o amor? Existe algo mais belo do que dois cisnes se entrelaçando num lago? Que um casal de namorados num demorado beijo apaixonado? Que dois rouxinóis namorando à beira de um chafariz? Ah, o amor. Palavra que explica tudo sem explicar nada, que muda tudo sem mexer em nada.

Dizia um velho poeta que para viver um amor deve-se ter “muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso”. Vinícius de Moraes que me desculpe, mas discordo de maneira veemente desta afirmativa. “O meu amor tem um jeito manso que é só seu...”, risonha, brincalhona, verdadeira, emotiva. Tudo o que eu sempre quis. Eu, que estava num buraco fundo, com medo do futuro, com medo de me entregar, hoje estou sendo resgatado por uma salva vidas loira e elegante chamada “Amor”.

Não vou negar: o medo ainda existe. Mas é como no poema “Cadê meu irmão”, mas eu troco a irmã pela mulher mais perfeita que eu já conheci em toda a minha vida. Adaptando o poema de meu amigo João Pedro Roriz, “Cadê o meu amor / que salva você / na negrura da noite / apareça, cadê?”. Aos poucos o meu amor me tira da cascata funda de dores e desesperos profundos e me devolve a vida, o desejo de viver, de amar, e de poder viver amando-a. Pois é, companheiros: aqui me pego apaixonado. Mas não como de outras vezes: existe algo especial nessa menina. Beleza? Distância? Dificuldade de vê-la? Não. Simplesmente, ela tem tudo o que eu preciso.

Com seu belo olhar de cigana oblíqua - o restante eu dispenso: a definição de Machado de Assis não se aplica por completo ao seu olhar – ela me olhou nos olhos pela primeira vez numa dança. Nunca imaginei que iria me apaixonar tão perdidamente por aquela menina de sorriso tão belo.

Para finalizar, cito a canção da estimada cantora Alcione: “Que se dane o mundo, eu ‘tô’ a fim dessa paixão... Só quem nunca errou é que não tem perdão”. Erro? Acerto? Só o tempo dirá. Digo apenas com toda segurança, que quero mais do que nunca poder amar. Até a próxima !


terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Mulher vale investimento?


Hoje estava pensando o quanto nós, homens, gastamos para ganharmos uma mulher. Ou melhor: será que vale a pena gastarmos para estarmos com uma mulher? Caro amigo leitor, não interprete errado pensando que estou falando de garotas de programa. Falo de mulheres mesmo, para um relacionamento mais, digamos assim, realístico.



Existe a famosa teoria que “Mulher gosta é de dinheiro”. Bom, não posso dizer se é verdade, mas que elas nos fazem gastar muito com elas, isso é factual. Que homem nunca se pegou chegando no cinema, pagando a entrada, comprando o combo – aquele com pipoca e dois refrigerantes grandes - e, depois da sessão, ainda sentar na praça de alimentação do shopping para comer uma pizza. Um homem prevenido para sair com uma mulher deve ter, pelo menos, oitenta reais na carteira. E ainda existe o risco de faltar.



Lembro do dia em que fui com minha ex-namorada – a mesma da antepenúltima postagem – e ela estava louca para assistir um filme que acabara de sair. Por sorte eu tinha acabado de receber do estágio que eu fazia na época. Tinha na carteira quase duzentos reais (pois é, milagres acontecem !) e no cartão-salário, mais uma certa quantia. Entramos na fila. Já comecei prejudicado pois era domingo, à noite. Como todos sabem, o cinema fica mais caro. Comprei as duas entradas e fomos para outra fila: a da pipoca. Comprei o supercombo com tudo que tem direito e fomos para a fila de entrada da sala (odeio fila de cinema). Na fila – imensa – comemos toda a pipoca e bebemos nossos refrigerantes. Ou seja: tive que comprar outro pacote. Tive que comprar um combo enquanto minha ex batia boca com a menina que ela cismou que estava dando em cima de mim. Já dentro da sala, terminamos e, com desejo de um doce, desci para comprar um chocolate – óbvio, comprei dois – e retornei para a sala. Fim do filme. Vamos para casa? Não, lanchinho na praça de alimentação. E lá se vai uma pizza gigante com refrigerante. Ainda tive que leva-la em casa de táxi. Resumindo: o dinheiro que eu tinha na carteira foi embora em menos de cinco horas.




Agora você que acabou de ler isso pergunta: arrepende-se? Sinceramente, sim, devido à tudo que tive que agüentar dela. Mas às vezes encontramos mulheres que realmente valem a pena. A minha encontrei faz pouco tempo. Menina doce, especial, maravilhosa, educada, risonha, brincalhona. Porém mora longe. O problema é que tudo está conspirando para que eu não vá até ela. Destino? Não, coincidência. Mas, com certeza, na primeira oportunidade, irei visitá-la para, pelo menos, ver seu sorriso lindo de novo. Por ela eu gasto até mesmo o que eu não tenho. Tenha certeza amigo: com ela, tudo vale a pena! Até a próxima.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A Estética Machadiana me fascina!



É incrível como minha mente sempre me detona: passei o dia todo tentando buscar o que escrever nesta postagem e, agora, de frente para o computador, nada me vem a cabeça. É como se tivesse passado uma ventania e acabado com todas as idéias que tive durante o dia. Mas decidi, vou falar de literatura.



Sou um cara meio fã da literatura brasileira e, como qualquer leitor que se preze, tenho minhas preferências. Quando falamos de livros, o primeiro que me vem a cabeça é o meu predileto: Dom Casmurro.


Não vou negar que sou apaixonado pela estética machadiana de literatura: narração em primeira pessoa, diálogo com o leitor. É esse tipo de coisa que me enlouquece em Machado de Assis – por favor, sem piadinhas homofóbicas. Mas o que mais me chama atenção em toda a narrativa é Capitu.


Aquela menina levada tem pensamentos adultos – fato – que fazem com que ela se apaixone por Bentinho. O rapaz vai para o convento masculino – chamado seminário – e conhece Escobar. Se tornam amigos, Escobar casa com Sancha, que é amiga de Capitu e é ai que chega a parte mais legal da história toda.



Caro amigo leitor – olha a métrica machadiana aqui – você acha que Capitu traiu Bentinho? Acredite, pelo menos 80% das pessoas que estão lendo essa postagem crêem que sim. Porém eu pergunto: em algum momento Bento Santiago AFIRMA que Capitu o traiu? Não, companheiro. Não existe a certeza em nenhum momento do texto. O que me dá raiva é daquele cara que olha e diz “Capitu era a maior p......, ficava com todo mundo e ainda pegou o amigo do esposo... Ainda teve um filho dele” (acreditem, meu ex-professor falava isso). Sabe por que? PORQUE NÃO TEM PROVAS. Ai fica a coitadinha da Capitu, meu Deus, sendo colocada como adultera sem nem saberem se foi verdade. E como que se confia num homem que tenta matar o próprio filho, mesmo achando que é de outro. Sei lá, Machado de Assis que me perdoe, mas não consigo entender isso. O livro é ótimo, aberto à interpretações, não para acusações. Desculpe-me a revolta, amigo, mas é estranho.



Aproveitarei para fazer uma enquete. Você acha que Capitu traiu Bentinho em “Dom Casmurro”? Vamos ver o que vocês acham. Votem na página inicial e até a próxima.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Deus dá o frio conforme o cobertor



Reza o velho ditado que "Deus dá o frio conforme o cobertor", mas às vezes penso se todos deviam sentir o frio de todo o dia. As coisas ocorrem à nossa volta e, por vezes, nem mesmo nos damos conta.

Hoje estive no centro de Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O bairro é contente, movimentado e, geralmente, bem quente. Hoje, com a chuva, o bairro ficou meio cinza, menos movimentado. Porém o shopping, como sempre, abarrotado de gente. Pessoas fazendo comprar, lanches e gastando dinheiro em coisas fúteis, inclusive eu.

Caminhei entre os corredores, cheguei de fronte ao cinema: nada me interessou. Decidi fazer um lanche e ir embora. Ao sair do shopping, deparei-me com uma cena que me cortou o coração: um cãozinho estava na rua, todo molhado. Eu, com pena, levei-o para um lugar coberto, apanhei o jornal que comprei mais cedo e sequei-o, arrumando algumas folhas como acomodação para ele. O cão olhou para mim, com uma certa cara de desconfiado, mas adorou sua nova estada. Porém o que realmente me tirou as ações não foi isso.

Comprei um sorvete após socorrer o cãozinho e vim andando. Ao passar por uma das esquinas da Rua Professor Clemente Ferreira, vi um corpo embaixo de um caminhão. Me desesperei: “Meu Deus, tem um homem morto aqui”. Ele aparentava ter seus 75, 80 anos. Abaixei-me ao lado do corpo para verificar seus batimentos e o homem despertou, assustado, de seu sono.

Perguntei porque ele estava ali, e ele me disse que não tinha para onde ir, mas precisava proteger-se da chuva. Puxei conversa e ele passou a contar a sua vida (moradores de rua, geralmente, são pessoas muito carentes). Veio cedo do nordeste, lutou e conseguiu uma boa colocação social. Era dono de uma grande empresa de atacado varejista que há muito já fechou as portas. O negócio ia de vento em popa, quando conheceu Valquíria (nome fictício), mulher que dominou seu coração e tirou tudo dele, assumindo o controle da empresa. Ele, sem filhos, não teve na época quem o ajudasse. Soube após perder tudo que Valquíria estava grávida dele e, logo que ele foi embora, casou-se com o seu motorista. Seu filho? Nunca o conheceu, nem mesmo cnhece seu rosro. Amargurado e sem um tostão, ele saiu pela rua e é nela que vive há mais de 20 anos. Perguntei o motivo de ele não estar em um abrigo público, e ele relatou-me os acontecimentos impuros daquele local: homossexuais, estupros, assassinatos e espancamentos. Ninguém contou para ele, ele viu.

Tirei uma certa quantia da carteira e entreguei à ele, perguntando-me o que aquele homem fez para merecer tanto sofrimento. Sei que algum engraçadinho vai fazer piada com isso, mas só eu sei o que eu vi na face desse homem. Levei-o à uma casa espírita que acolhe mendigos e lá o deixei. Espero que possa ter ajudado pelo menos aquele espírito de vida tão atribulada.


E você, querido leitor, eu rogo que hoje, ao deitar-se em sua cama, pense nesse homem. Na verdade, pense em cada ser humano que não pode ter uma casa para viver, uma cama para dormir, uma comida para consumir e peço que orem por estes. Você, que reclama do que tem, que quer sempre mais, pense agora se você já não tem muito, se Deus já não te deu muito. Fiquem na paz do nosso senhor, meus amigos. Até a próxima postagem.

A EX por causa daqueles 15 anos...

Nossa... Já tenho dois seguidores, isso é muito legal. Vejo também que 22 pessoas já acessaram o meu blog, o que já é uma vitória, pois ele só tem dois dias de uso. Bom, então são à essas pessoas que eu tenho que pedir desculpas por não ter postado nada ontem. Cheguei tarde em casa e acabei indo direto dormir (a cama me hipnotizou, acreditem).

Bom, para os que não sabe, ontem fui para a festa de 15 anos de uma amiga minha. Não vou mentir: festas de 15 anos me fazem chorar. Com esta não foi diferente. Porém, isso vem me emocionando já há algum tempo. Não entendeu nada, não é? Vou explicar:

Há um mês esta menina vinha fazendo aulas de dança comigo. Eis que, num belo dia, ela me fez um convite simplesmente irrecusável: "Aceita abrir a pista de dança comigo?". Nem preciso dizer que quase chorei quando ouvi isso de uma pessoa que eu considero tanto. Aceitei com todo o prazer do mundo, mas não tinha a noção da dor de cabeça que isso ia me causar.

Cheguei em casa animado, consegui autorização da minha mãe e contei para todos os meus amigos. Eis que fui falar disso com minha EX-namorada, que hoje se diz minha amiga. Acho que não devia ter feito isso, porque quando eu contei parecia que o mundo tinha desabado: me xingou de todos os nomes possíveis - até uns que eu não conhecia - disse-me que eu era um safado e tudo mais. Parei para pensar: Ela fala tudo isso, tá com uma crise de ciumes amedrontadora... Mas... POR QUE? Isso mesmo, amigo leitor... Por que eu estava ouvindo (no caso, lendo - era pelo MSN) um sermão de uma garota que não é mais minha namorada?

Liguei pro meu irmão (de consideração, ele é mais velho e me ouve sempre que estou mal) e pedi conselhos. Me emocionei quando ele disse "Manda ela ir catar coquinho". Era mais ou menos isso que eu estava pensando em dizer (sem detalhes, para não chocar os leitores mais conservadores). Voltei para o MSN e falei poucas e boas. Ela ameaçou se matar e, como sei que ela não faria isso - já falou que iria fazê-lo varias vezes e nunca fez - eu nada fiz e continuei falando o que passava em minha mente.

Dois dias antes da festa, a menina chega e fala: "Jhony Jhony..." (acredite, ela me chama assim). E continuou: "Você pode fazer meu vídeo de aniversário?". Eu, prontamente, disse que sim. No mesmo dia comecei a fazer e recebi uma visita. De quem? Da EX-namorada. Outra crise de ciumes, outra ameaça de se suicidar - às vezes penso se não seria melhor ela fazer isso - e, finalmente, ela resolve ir embora.

O vídeo foi feito, a festa um sucesso, nossa dança ficou linda e a minha debutante - a de 2009 - ficou feliz. Para mim era o que importava. Liguei para me buscarem e, para minha surpresa, minha EX estava na porta do salão, me esperando sair. Suei frio e fui falar com ela. Pediu desculpas e, mais uma vez, pediu para voltarmos. Mais uma vez aquele mesmo papo de "poxa, amor, não dá mais... Acho melhor sermos amigos". Acabamos sentando num bar para conversar, até ela ficar bêbada e eu conseguir levar ela para a sua casa sem ouvir reclamações. Cheguei, entreguei-a à sua mãe e fui embora.

Hoje de manhã ela me ligou, mas isso já não faz parte dessa história. Agora tenho que terminar. Não se preocupem, essa aqui fica valendo como a de ontem. Mais tarde eu volto e escrevo a de hoje. Agora eu vou ao meu bloco cantar pois, como diria meu grande amigo João Pedro Roriz, "Na oração da Tropicália, o verbo é caetanear". Por falar nisso, visite o blog desse meu amigo: http://jproriz.blogspot.com/ .

Grande abraço amigos.


sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A primeira postagem e o desejo de ama-la




Bom, esta é minha primeira postagem nesse blog-diário. Pensei em fazer algo conceitua, buscando mostrar minha capacidade intelectual e literária, mas algo ocorreu que me deixou tendencioso à mudar de idéia. E mudei.
Caro amigo leitor: como os sonhos são estranhos, não? Por vezes sonhamos coisas que acharíamos ser impossíveis. Mas como diz o ditado, “Nada para Deus é impossível”. Aproveitarei para narrar o sonho que tive na última noite.

Era uma noite linda, porém chuvosa. Água em queda misturava-se à energia da luz da lua, que iluminava todos os cantos da casa. A casa era pequena, humilde, porém bela e aconchegante. O lugar? beira da praia, com o som do mar ao fundo soando como a mais bela de todas as orquestras do mundo. Creio que nem mesmo as “bachianas” cantavam de maneira tão emocionante como o impacto das ondas no quebra-mar.

A lua era a cheia, imponente, imensa no céu, iluminando os caminhos. A chuva era leva, porém insistente: continuava constantemente a importunar a minha noite. Eu, sozinho, nada esperava poder acontecer. Eis que surgiu ela: cabelos soltos, olhar penetrante, um vestido vermelho lotado de nuances e um sorriso malicioso no rosto. Com medo, me encolhi em minha humilde estadia e, como nunca imaginaria, ela deitou-se delicadamente ao meu lado. Foi neste momento que a chuva insistente cessou – acho que era um aviso do plano superior – e nós deitamos fora de casa, na areia, observando a lua. Brincávamos, rindo escandalosamente, até que nossos olhares se cruzaram. Foi inevitável uma lascívia total consumiu cada parte de nossos corpos e acabamos por nos entregar ao belíssimo de delicioso prazer carnal. Ela beijou meus lábios desesperadamente, quase os arrancando de meu rosto. Suas unhas rasgavam minha carne, gerando um misto de dor e prazer que me fazia ficar ainda mais aceso. Realmente, eu não imaginava que veneno tinha o beijo dela. Com seu jeito peculiar, tocou meus pontos fracos: beijou meu pescoço demoradamente, falou sorrateiramente no meu ouvido e cravou as unhas nas minhas costas. Pois é, ela já tinha conseguido: ela me tinha.

A situação apenas esquentava e ela, maliciosamente, desceu e brincou da maneira que bem entendia com meu sexo - Pois é, tem coisas que não podem ser detalhadas para que não comecem à copiar os meus sonhos – e, quando quis, subiu, beijou-me a boca, e obrigou-me à penetra-la.

De imediato obedeci sua ordem: montei sobre seu corpo delineado e macio e fiz o que me fora pedido. Levei-a ao sétimo céu sem nem mesmo tirar os pés do chão – ou ela estava fingindo um orgasmo? – Olhei em seus olhos e disse: “Eu quero mais”. Ela, por sua vez, respondeu que queria tudo o que eu pudesse dar de prazer à ela. Busquei todas as formas possíveis de faze-la chegar ao seu ponto máximo. E, pelo menos nesse sonho, eu consegui. Ela gemia, gritava e chorava de prazer. Apertava meu corpo contra o dela, tentando para mais dentro dela me levar. Ao fim de toda a história eu, exausto, cai de lado. Ela, satisfeita, vestiu seu vestido vermelho, calçou suas melissas edição limitada e partiu, deixando-me ali, teso, desejoso de mais do seu gosto, do seu sexo. E foi nesse momento que acabei acordando.

Foi ai que me dei conta de que ela nunca esteve ali. Neste momento, deve estar olhando para seu homem e pensando em como o deixará satisfeito na próxima noite. Mas, quem sabe um dia, poderia amar de verdade a mulher que amo.


Até a próxima, amigos.

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