segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

CAROS AMIGOS

VENHO ATRAVÉS DESTA POSTAGEM INFORMAR QUE, POR PROBLEMAS PESSOAIS, ESTAREI, TEMPORARIAMENTE, ME AUSENTANDO DESTE BLOG. ASSIM QUE ESSE PROBLEMAS FOREM SANADOS, VOLTAREI COM MINHA CRÔNICAS PARA OS QUE ACOMPANHAM. PEÇO DESCULPAS E AGRADEÇO A COMPREENSÃO.

JHONATAN ROMÃO.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

"Joga pedra na Geni..."

Olá amigos. Hoje meu dia foi bastante monótono: com o pé machucado, passei quase o dia todo em casa. Mas, daqui de dentro, observei coisas que me deixaram encucado.

Sou intenso ouvinte de Música Popular Brasileira e hoje meu dia foi movido à Chico Buarque. Bom, na verdade, até no teatro meu dia é movido à Chico Buarque (várias musicas dos musicais da companhia são dele). E ao ouvir pelo octogésima vez a música “Geni e o Zepelim”, me veio a mente toda a cena que se passava na escrita da canção.

Trata-se de uma moradora de uma certa cidade que era tida com “mulher da vida”. Supostamente ela “dava” para todos e era, segundo o povo da cidade, a “queridinha” dos meninos do internato, dos velhinhos sem saúde e até mesmo das viúvas sem porvir. Certo dia apareceu um Zepelim sobre a cidade e apontou 2000 canhões. A cidade apavorada recebeu a visita do comandante, que disse que pensou em explodir aquela cidade tão mesquinha, mas que não o faria em troca de uma noite com Geni.

Geni – obviamente – se faz de difícil, diz que prefere entregar-se aos bichos. Naquele momento a cidade deixa de “crucificar” Geni e pede, de joelhos, que ela passe uma noite com o comandante para salvar a cidade. Ela, emocionada com aquele pedido e achando que tornar-se-ia uma heroína, cedeu. Depois da noite de volúpias, o comandante vai embora em seu Zepelim e Geni, contente, pensa que tudo ficará bem. Mas depois disso tudo, a cidade volta a “apedrejar” Geni, colocando-a novamente na condição de prostituta.

História triste não é? O mais triste é saber que tudo isso acontece todo dia. Eu pergunto: qual foi a pessoa que nunca prestou atenção na vida de outra ou teceu um comentário, ainda que benéfico, sobre ela? Todos, companheiros, todos já fizeram isso. O mais interessante é que ninguém se dá conta e, quando a coisa explode, simplesmente passa a se fazer de vítima.

Estou numa situação dessas. Duas pessoas que se diziam minhas amigas se afastarem por uma atitude minha. Numa conversa, comentei – buscando ser o mais delicado possível - sobre determinado assunto com uma amiga que pediu minha opinião. Ela, que já havia terminado com o seu namorado – um dos supostos amigos – acabou conversando com ele e expondo a minha conversa. Ele, furioso – estranho, quem tem culpa de algo sempre fica enfurecido, não é? – disse-me poucas e boas ao telefone e se desligou de mim. Sinceramente, não liguei, até porque ouvi ele mandar a minha amiga – e protegida – calar a boca, e isso eu não admito de jeito algum.

Algumas semanas depois, outra suposta “amiga” começou a falar gracinhas de mim. Me acusando de ser falso e mais alguns títulos, pediu-me: “Me deleta da sua vida...” . Nossa, que favor imenso você está me fazendo. Bom saber o quão ridícula você é: falar isso depois de ter arruinado a minha vida? De ter me tirado um dos meus sentimentos mais importantes e verdadeiros? O pior de tudo é saber que eles estão tentando fazer a cabeça de outras pessoas. Mas sabe o que atrapalha eles? A minha honestidade. Todos os meus amigos de verdade têm por mim um apreço imenso e nada nem ninguém vai conseguir destruir isso.

Então, amigos, deixo aqui um recado: se queres ser meu amigo, seja. Será um prazer te ter do meu lado. Mas se essa não for a sua intenção, nem se aproxime de mim. Pode não parecer, mas eu mordo – no sentido figurado – e de maneira bem dolorosa.
Peço desculpas se esperava uma crônica, mas hoje eu precisava desabafar. Acho que aqui é o meu melhor instrumento para isso. Aos amigos de verdade, conhecidos e desconhecidos, um abraço sincero. Aos falsos amigos? o desprezo. Espero o seu comentário.


Alguém me empresta um mapa? (Crônica do dia 08/01/2010)

Você, amigo leitor, consegue entender a cabeça das mulheres? Pois é, então você é mais um na lista quilométrica dos que eu conheço. Acho que no dia que lançarem um manual de instrução explicando a mulher ele virá em russo e sem nenhuma tradução para outra língua – os russos detêm grandes tecnologias de guerra, talvez consigam entender as mulheres e guardem as respostas para eles.

Você pode não entender muito bem o motivo de eu abordar este tema hoje, mas tudo partiu de algumas observações que fiz durante a semana que se passou. Sou intenso leitor e telespectador, sendo assim, acabo sabendo de várias reportagens e, sempre, tem uma mulher envolvida.

Uma reportagem num grande jornal dizia assim: “Mulher é espancada, entra em coma e marido é preso em flagrante”. Até então, algo revoltante. Decidi ler a notícia e, ao final, lia-se: “Ao fim de quatro dias, a esposa foi liberada e retirou a queixa contra o marido, com quem voltou para casa.” Pergunta-se: ela gosta de apanhar? Meu Deus, como pode uma pessoa ser espancada, ficar à beira da morte e voltar a morar com o agressor. Daí me chega minha tia e diz: “Ah, ela o ama, por isso voltou...”. Então se eu me apaixonar por uma traficante, ela der um tiro na minha bunda eu tenho que ir atrás dela por que a amo? Não, não consigo aceitar esse tipo de coisas.

Outra coisa que me deixou surpreso foi veiculada no mesmo jornal. Sabemos que os jornais são divididos em várias sessões, inclusive na internet. Entrando no site deste jornal estava entre as notícias mais lidas a seguinte: “Fernanda Paes Leme vai a praia com o ex”. Pergunto: E daí? O que eu tenho a ver com a garota ir na praia com o ex. Cara, o passeio é dela, o ex é dela, tudo é dela. O que me interessa a vida da mulher. Mas o que me chocou mais foi minha tia (enxerida) querendo ler. Lado a lado, duas reportagens: a que citei acima e outra que dizia “INCA precisa aumentar o estoque de sangue para o carnaval. Veja aqui como ajudar”. Deu-se o seguinte diálogo:

- “Clica ali pra eu ver”
- Aonde tia?
- Ali, no negocinho ali.
- Ah, no linok da doação de sangue?
- Não, na Fernanda Paes Leme... Dizem que o ex dela batia nela e tudo mais.

O que dá na mente de uma pessoa para ficar mais preocupada em ler sobre a vida dos outros do que em ajudar o seu próximo. Não digo só pela minha tia, digo de todos. Até porque a Fernanda Paes Leme figurava entre as dez mais lidas como 2º lugar e o INCA – coitadinho de quem se acidentar no carnaval – não apareceu nem em 10º.
Queridos e queridas que me visitam diariamente, peço que, caso tenham alguma suspeita de como funciona a mente da mulher, me avisem. E cuidado: a Fernanda Paes Leme é mais importante que a doação de sangue. Grande abraço.




terça-feira, 12 de janeiro de 2010

No jogo da vida, o jogo da sedução


Caros amigos, milhões de perdões não justificarão as minhas faltas dos últimos dias. Mas como tudo tem uma explicação, lá vai a minha: meu sistema do blogspot não estava funcionando em minha casa, sendo assim, não conseguia lançar minhas postagens. Somente ontem o sistema começo a normalizar. Deu problema de novo a noite e voltou com a corda toda hoje pela manhã.

Sendo assim, farei o seguinte acordo com vocês: diariamente ( a partir de amanhã ) postarei a crônica do dia e, em anexo, a crônica de um dos dias que faltam (08/09/10 e 11 de Janeiro). Assim, normalizarei o envio sem deixa-los sem saber meus devaneios de quatro dias.

Hoje decidi falar de jogos. É tão bom jogar, não é? Mas, se formos pensar bem, tudo na vida é um jogo. O jogo de estudar, o jogo de trabalhar, o jogo de amar. Todos estes e outros são jogos, ainda que tenham um cunho diferenciado e especial, são gostosos de jogar. O mais engraçado de todo jogo é arriscar.

Falando do jogo da sedução, hoje retomei um. Sempre é bom jogar, mas às vezes é perigoso. Não nego que é maravilhoso jogar nas barbas do perigo, mas quem não arrisca não tem adrenalina na vida. A coisa fica melhor ainda quando o jogo é em dupla e com alguém que você conhece, confia, segue e gosta.

Cada momento, cada palavra, cada ação é analisada como um novo desafio. Você, apreensivo, à espera de um único gesto que indique uma bobeada do (a) oponente para atacar. No meu caso, minha parceira tem um dom incrível: a dissimulação. Mas não a dissimulação ruim, digo isso pelo lado bom. Você vê na cara dela que ela está louca para te agarrar e te beijar, mas se segura e, com a cara mais cínica do mundo, te chama de medroso.

Nome? Não, isso não posso revelar. Mas sei que, se ela não desistir antes, esse jogo vai render muitas crônicas. Me acompanhe e não esqueça de comentar. E lembre-se: jogue na vida. Não adianta apenas buscar a perfeição. É muito bom correr por fora sem se preocupar no prêmio da linha de chegada. E vou além: não confunda seu jogo com outras situações, como amizade ou amor, por exemplo. Espero ter seu comentário. Grande abraço.








segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Para alguém especial... (Crônica do dia 07/01/10)

O inferno, por vezes, anda a me perseguir. Não, não é o inferno que tem aquele carinha com o garfo, vestido de vermelho e cheio de fogo em volta. Estou falando do inferno que minha vida se tornou. Mas é complicadíssimo, pois ao tempo que é o inferno também é o paraíso. Nada estás à entender, certo? Então explicarei. Me apaixonei.
Não digo que me apaixonei pela pessoa errada, apenas me apaixonei por alguém que tem medo do seu próprio coração; que prefere seguir num pseudo-amor do que descobrir que o amor verdadeiro pode estar mais próximo dela do que imagina; que talvez esqueça dos instantes que passamos juntos ou até mesmo dos beijos trocados; que demonstra ter se arrependido de sentir o gosto do meu beijo, o calor do meu corpo e, principalmente, a verdade do meu sentimento. Hoje, o que mais me dói, não é não poder tê-la, pois o meu amor é tão grande que por mais que seja ruim não tê-la ao meu lado, meu único e maior desejo é poder observa-la, mesmo que de longe, porém feliz. O que dói mesmo é não poder vê-la e ter de observa-la com ele.
Ela é feliz? Não sei... Talvez seja, talvez se engane ao dizer que é, afinal a dúvida é peça corriqueira em nossas conversas. Mas apenas quero vê-la bem. Não me importa com quem ela esteja, feliz ou infelizmente, eu a amo mais que tudo e nada nem ninguém é capaz de fazer-me esquece-la. À mim cabe, apenas, lembrar cada momento que passei ao lado dela, os doces beijos impensados, os calorosos abraços verdadeiros, os perigosos olhares flagrantes. Vai doer, mas, um dia, acabarei por me acostumar com essa dor. Mas, de certo, o costume à tal dor não significará o fim de um sentimento, mas sim a maior prova que eu poderia dar de que eu realmente à amo.
Uso como doutrina para tal situação a famosa frase que diz “O futuro à Deus pertence... O tempo é o senhor de todas as coisas”. Quem sabe o tempo não fará com que ela mude de idéia ou, dependendo, as circunstâncias forcem ela à lembrar de cada palavra que eu disse à ela. Se ela estivesse lendo essa carta eu diria, apenas, para finalizar o seguinte: Lembre-se que no céu à um Deus que te ama, e na terra, um simples e singelo homem que te venera e deseja te ver bem. O nome dele? Jhonatan Romão.

(Escrito em 10/12/08)


quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Lembranças...


Caros amigos. Hoje me peguei lendo antigas cartas, poemas e textos e percebo o quanto evolui. Digo isso apenas em relação à redação, pois emocionalmente continuo o bobo romântico e apaixonado de sempre. Acabei lembrando de momentos, tristezas, alegrias, enfim, de muita coisa. Decidi, então, colocar vocês na minha sessão nostalgia e apresentar à vocês um desses textos. Lembrando: qualquer semelhança com a vida real é pura coincidência.


Rio de Janeiro, 30 de Novmbro de 2009 - 23:50


Às vezes tomamos decisões precipitadas
E não vemos o que acontece ao nosso redor.
Não vemos que as mentiras estão mais próximas do que imaginamos...
Ou vemos e não aceitamos.
Mas de nada adianta se não queremos ver os erros.
Talvez não tenha passado em sua mente que não tenhas feito mal à mim.
Se querias ser diferente, foi e ainda é.
Talvez tenhamos cometido erros no inflame de nossos desejos,
Mas qual ser humano nunca errou?
Somos humanos, feitos de carne, ossos e desejos.
Não sei se sabes o que é a sua decisão, mas de certo você à tomou.
A mim cabe, apenas, acatá-la.
Mas para que mandar no seu coração?
Quem sabe não seja ele que te trás as "melhores" decisões?
Peço que não pense em não querer ter existido,
Pois é por isso que hoje tenho um sentido na vida;
Peço que não pense em sumir, pois se o fizesse eu não sobreviveria;
Peço que nunca pense em morrer, pois sua morte será o meu fim.
Para não ver alguém chorar precisaríamos não enxergar
Pois o choro é a limpeza da alma
Que te liberta de tudo que o aflige
Para que possas sorrir deves tirar de sua mente
Todos os males que eu oo quem quer que seja
Possa ter fito à ti.
Já olhou nos meus olhos e teve medo de resolver seus problemas.
Já teve a oportunidade de conversar comigo, se abrir,
Mas você prefere sua folha de papel silenciosa.
Dei-te meu ombro para que se apoiasse
E minha boca para tentar te aconselhar
Mas você preferiu não tê-las.
Você sabe o que dizer, o que sentir,
Mas tem medo de saber.
Você teme, até mesmo, ser a garota certa...
Mas é... Para mim.
Se queres esquecer o que aconteceu, é seu direito
Mas nunca você poderá apagar o que aconteceu.
Peço perdão por minhas palavras instáveis
Mas não é minha intenção te ferir.
Rogo que esta noite possas tomar seu travesseiro
E durmas bem, com bons sonhos.
E peço que não feche os olhos, pois nunca irei partir...
Irei apenas me ater ao que me é de direito...
Te observar e te amar.
Daí, não farei mal à ti, mas provarei que realmente te amo.

(Jhonatan Romão - Todos os direitos reservados ao autor)


Creio que a maioria das pessoas nem mesmo imaginará quem é o alvo deste texto, e é até melhor assim. As melhores coisas acontecem na calada do mistério, no prazer de esconder. Mas rogo que aqueles que sabem, principalmente a pessoa para a qual se destina esse texto, lembre-se de tudo o que passamos e me diga, novamente, se foi tudo indiferente ou não. Até logo amigos.



terça-feira, 5 de janeiro de 2010

"Do Éden ao paraíso da loucura..."

Carnaval... A festa das raças. A famosa “Kizomba” que todo mundo adora. Carros alegóricos, baterias, fantasias, blocos, cerveja (oba!) e muita, mas muita mulher bonita. Tudo bem, tem umas coisas que Deus fez e quando chegou na Terra caiu de cara, mas não é nada que umas cervejas não ajudem a resolver. Ta, tudo bem, tem umas que nem assim tem como. Mas essa é a verdade: o carnaval é a festa do povo.

Vou além: o carnaval é o período do ano em que o povo é mais suscetível à ser otário. Não entendeu? Então vou explicar. Quantas pessoas, durante o carnaval, cobram dos políticos as CPI’s, as obras públicas, o aumento da segurança? Ninguém, caro amigo. Fica o coitadinho do Wagner Montes esbravejando na televisão e o povo na rua, “pra ver a banda passar / cantando coisas de amor”. E quantas pessoas assistem o fechamento da CPI dos pãezinhos acabar em pizza? Nenhuma. E quando passar no Jornal Nacional ainda dizem: “Ah, é tudo massa mesmo... Nem faz diferença”.

Não nego: Sou apaixonado pelo carnaval. Assisto os desfiles do camarote nº 400 (minha casa), com uma pizza gigante e uma coca de 2 litros do lado. Mas fico pensando: quanto estes caras gastam para o desfile? Se formos pensar, tudo ali é cobrado: carro de som, luz, água, aluguel de telões, caminhões, equipes especializadas para cada setor de serviço. Mas imaginem, também, quanto que estes caras lucram com isso tudo. Ingressos, alimentação, bebidas, lembrancinha da escola (nossa, tão vendendo a estrelinha da Mocidade... que bonito).

Pra melhorar, vem a “emissora oficial do carnaval”. Até onde eu sei, o que temos que assistir é o desfile, e não um bando de comentaristas falando asneiras. Pra vocês terem noção, pensemos no esquenta da bateria. Aquela emoção, paradinhas especiais, gritos de guerra, sambas históricos que arrepiam até o pelinho mais escondido do corpo e.... NÓS NÃO VEMOS NADA! A emissora simplesmente esquece que existe a concentração e fica mostrando a passista com o menor tapa-sexo (Tudo bem, é interessante... Mas depois ela vai posar nua e a gente vê sem, poxa), a pluma que caiu do vestido da porta-bandeira (Meu Deus, a mulher parece uma galinha d’angola de tanta pena e se preocupa com uma?), o carro de som que furou o pneu (e daí, já acabou o desfile), enfim, tudo menos o esquenta da escola.

O mais engraçado no carnaval pra mim é passar na frente de determinadas igrejas “fervorosas”. Você passa com a camisa da Mocidade (é a minha escola, e daí?) e o cidadão te aborda: “Venha aceitar o senhor Jesus, varão...”. Pergunto: tenho cara de ateu? Eu só gosto de samba, não quer dizer que eu não tenho Jesus no coração. Um amigo tinha uma blusa de um samba que falava de orixás e, ao passar na frente de uma igreja com a blusa no ombro, teve a blusa roubada e lançada numa fogueira. “Essa blusa é do capeta... Venha para nossa igreja, fiel. Temos água gelada, ar condicionado, fundo de investimentos para aquisição de espaços no céu...” (esse último foi pensamento meu). O que mais me chateou foi que eu dei a blusa pra ele.

Bom, o que eu sei é que o carnaval ta chegando. Já estou preparando minha voz pra puxar o bloco em que saio (este ano eu sou intérprete) e sinto muito quem não gosta. Como diz o samba da minha escola de coração: “Meu coração vai disparar / sair pela boca / não dá pra segurar / paixão muito louca...”. Isso é o carnaval pra mim. CPI, Violência? “Serpente, chega pra lá / hoje eu quero sambar com a Mocidade”. Até amanhã amigos.





domingo, 3 de janeiro de 2010

Favela vai descer... Ou não !


Olha eu aqui de novo, pessoal. Hoje eu venho abordar um tema até um pouco complexo, que muitos preferem deixar de lado mas que não pode-se esquecer: a favela.

Não me entendam mal, mas a favela é um lugar meio esquisito. Um lugar cheio de becos, vielas, desconfortável, mas que ninguém quer sair. Ai você diz: “Não, Jhonatan, eles querem sair sim”. Eu respondo que não. Digo isso seguramente porque assisti essa semana 60 moradores de uma comunidade carente do Rio de Janeiro negando a chave de uma casa própria dada pelo governo do estado. Por que? Por que era um bairro depois do que eles estavam. Pois é, amigos: UM BAIRRO. Apenas 2 quilômetros de distância separavam a favela da nova casa. Nem mesmo 10 minutos de caminhada.

Mas a favela não é estranha somente em razão disso. Você já reparou que, geralmente, moradores de favela – os pobres de verdade, pelo menos – sempre dizem que não tem nada? Pois é. Como não tem, se eles estão vivos? O pior não é isso: aquele que “não tem nada” é, geralmente, o que não faz nada para tentar angariar uma renda mínima. Ainda pior é quando ocorre uma enchente e ele dá uma entrevista para o Balanço Geral: “Poxa, Wagner... Eu perdi tudo... Culpa do poder público que não faz nada pela gente”. Como que perdeu tudo se não tinha nada – eles mesmos que disseram isso em outra reportagem – e o poder publico faz sim: dá casas que vocês dispensam por ser 10 minutos mais longe da favela.

Sei que, provavelmente, alguém que more numa favela – ou comunidade carente, como preferir – deve ler esta postagem. Entenda, não estou sendo preconceituoso – embora pareça – estou me baseando em fatos, e apenas isso.

Uma coisa que me revolta ficou comprovada numa reportagem que assisti – também no Balanço Geral – realizada numa comunidade carioca. A família reclamava que não tinha condições para locomover a filha ao hospital semanalmente para que ela fizesse seu tratamento e, por isso, não a levavam. Até então, compreensível. A coisa começou a ficar estranha quando foi mostrada a frente do hospital: é do lado da comunidade. Mas, tudo bem, não há de se carregar a menina no colo – embora tenha cadeira de rodas – pois é desconfortável. Nesse momento o repórter resolve entrar na casa da família e, logo na sala, o que vemos?

Provavelmente você pensou na menina, jogada num sofazinho todo rasgado, coberta com um lençol velho. Pois se enganou. Estava a menina, deitada num sofá novíssimo, com o ar condicionado da casa ligado e a TV de Plasma ligada na multishow (canal de TV à cabo). Você pensa: ahh, tudo normal. Não, não é. Se a pessoa não tem dinheiro para levar a filha para o hospital – que fica do lado – como é que tem ar condicionado e TV de Plasma em casa, com TV à Cabo? E era daquela grande, de 42 polegadas. Pombas, vende a televisão pro vizinho e paga as passagens da menina.

Peço desculpa se alguém se sentiu ofendido ou viu alguma ofensa nisso tudo, mas tem coisas que precisam mudar. Uma delas é a hipocrisia de determinadas pessoas que gastam dinheiro para coisas supérfluas e pedem ajuda para o que realmente é necessário. Espero que você, caro leitor, possa compreender a minha revolta. Não esqueça de fazer seu comentário. Aguardo seu comentário. Até amanhã.






sábado, 2 de janeiro de 2010

Mulher é que nem biscoito...

Olá meus amigos. De começo, peço desculpas pela minha ausência recente, mas estive em viagem e não pude fazer o controle do meu blog. Muito mal consegui entrar no meu orkut, isso depois de muito guerrear com 30 remelentos que queriam usar também na lan house. Mas, enfim, estou de volta para falar com vocês de uma situação que me aconteceu.

Até a manhã de hoje eu era um homem comprometido. Usando de fidelidade, buscando sempre estar perto, dando atenção, mas acabou não dando certo. Porque eu sinceramente não sei, mas nada posso fazer senão acatar.

Pois bem. Não sei o porque, mas hoje foi o dia das cantadas. Vim bem cedo da casa de meu pai, que mora muito bem localizado em São Gonçalo (eu sei, sou um grande piadista). Peguei uma van que me deixa na Leopoldina e encostei pra dormir. Lá pelas tantas da viagem, acordei com um bafo quente no meu pescoço. Era uma morena – linda, por sinal – que estava bem perto de mim, me observando. Eu, inicialmente assustado, perguntei o que ela estava fazendo – como se eu fosse ingênuo demais – e ela respondeu que estava sentindo o meu perfume. Disse à ela que tinha namorada. virei para o lado e voltei a dormir.

Na Leopoldina, peguei um ônibus até a Central do Brasil e, no trem, entrou uma loira estonteante – daquelas que param o trânsito – e todos do trem olharam pra ela. Eu me mantive quieto. Num trem de vagões abertos, ela olhou para todos os lados e sentou exatamente do meu lado. Gelei. Naquele momento estava lendo meu livro atual e ela se interessou. Começou a falar que fazia letras, que sua monografia era baseada em Dom Casmurro e tudo mais. Conversamos bastante, mas, de minha parte, não houve nenhuma maldade. Dali à um pouco, ela me tira um cartão do bolso e um perfume do outro. Borrifa o perfume no cartão, coloca no bolso do meu blusão (que fica na altura do peito) e disse “Guarda pertinho do coração, príncipe”. Nem preciso dizer que ri muito e que apenas pensei “Tenho namorada, me manterei fiel à ela”.

Ao saltar na estação de Realengo, uma mocinha de, aparentemente, uns 15 anos começou a me seguir. Pensei se tratar de uma assalto. Mais na frente, a figurinha me abordou e falou: “Me passa teu msn, gato?”. MEU DEUS, eu nunca vi aquela garota, ela nunca me viu, e, do nada, no meio da rua, ela pede meu msn? Tem algo errado. Eu – óbvio – dei um msn errado e fui para o espaço em que trabalho.

Ao chegar às portas, haviam três menininhas na porta, conversando e, conforme eu me aproximava, elas iam se cutucando. As meninas não deviam ter mais do que 13 anos. Quando me preparei para subir as escadas, uma delas levantou e disse:

- Tio ! (Pois é, extremamente decadente isso para um rapaz de 17 anos, quase 18)
- Fala, minha lindinha.
- Você tem namorada?
- Tenho sim.
- Ela é ciumenta?
- Não, meu anjinho. Por que?
- Ahh taah. É porque eu quero ficar com você.


Engoli seco. Uma menina de 13 anos, nem mesmo criada para o mundo, pedindo pra ficar comigo. Tudo bem que não sou o senhor dos relacionamentos, mas já tive alguns na vida, a maioria com mulheres mais velhas. Então, com toda a paciência – cara de pau e frieza – eu falei com ela que não poderia, dando mil desculpas.



E olha que engraçado: depois de uns 10 minutos, recebi uma mensagem em que minha namorada (digo, ex-namorada) resolveu simplesmente terminar. Incrível como um namoro de 15 dias pode terminar por mensagem. Talvez tenha sido até melhor. Mas ela não podia ter mandado a mensagem de manhã bem cedo? Ia me economizar bastante trabalho. As menininhas de 13 não digo – não sou pedófilo, minha gente... Também tenho uma imensa ojeriza de quem pratica isso – mas a loira que me deu o telefone eu até que troco uma idéia. Ah, esqueci de comentar. Enquanto eu dormia na van, a morena colocou o msn dela no meu bolso. Pois é amigos, existe o ditado que, por muito tempo, eu ousei não concordar, mas agora não tenho porque. Mulher é que nem biscoito: vai uma, vem dezoito. Grande abraço amigos e até amanhã.



OBS.: Caros amigos, antes que minhas amigas me matem de porrada, o ditado que uso no final é no contexto da crônica. Em momento algum estou generalizando as mulheres, até porque, muitas merecem total respeito e dedicação.

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